Investir em imóveis ou comprar a casa própria?

 

 

Nos últimos dois anos, tivemos uma forte contração do mercado imobiliário. Houve sensível redução nos lançamentos, nas vendas e nos preços. Como aconteceu após as recessões de 2003 e 2009, essa contração deve ser seguida por um reaquecimento do mercado imobiliário à medida que a confiança e a economia se recuperarem e que a oferta de crédito volte a se expandir. A oportunidade para quem quer investir no mercado imobiliário está em posicionar-se antes que tais tendências se concretizem e sejam claras para todos. Já há diversos sinais nessa direção, mas a maioria ainda não percebeu.

Nos últimos meses, a confiança de empresários e de consumidores têm subido. Alguns setores já mostram uma incipiente recuperação. A taxa de juros começará a cair ainda em 2016 e deve continuar em queda ao longo do ano que vem e do próximo, trazendo novamente a taxa Selic a um dígito. Isso estimulará as instituições financeiras a oferecerem maior volume e condições mais atraentes para o crédito imobiliário. Como detalhei em meu livro Depois da Tempestade, publicado recentemente, a recuperação econômica será muito mais rápida e forte do que a maioria acredita. Os impactos positivos da recuperação serão maiores nos setores que mais sentiram a crise de confiança e a falta de crédito recente, particularmente os setores imobiliário e automotivo.

As expectativas já começaram a melhorar. De acordo com o relatório Focus do Banco Central – que apresenta as estimativas de mais de 100 economistas –, há poucos meses eles projetavam que em 2017 o PIB brasileiro não cresceria nada. Hoje, os mesmos economistas já acreditam que o crescimento será superior a 1%. Estou convencido de que será muito superior a isso. Os indicadores do próprio mercado imobiliário já têm refletido essa melhora. O Índice IFIX da Bovespa, que mede o desempenho dos fundos imobiliários, teve uma alta de mais de 20% nesse ano. Os 10 fundos imobiliários de melhor desempenho tiveram retornos entre 40% e 65%.

Se o cenário de recuperação econômica, queda de juros e expansão de crédito se concretizar, a demanda por imóveis crescerá. Mesmo levando-se em consideração os amplos estoques que terão de ser desovados nos próximos dois anos, as oportunidade para os interessados em investir em terrenos, galpões ou imóveis residenciais e comerciais agora parecem claras, particularmente para investidores de longo prazo.

Os impactos positivos da recuperação serão maiores nos setores que mais sentiram a crise, particularmente os setores imobiliário e automotivo.

 

POR ISTOÉ / Ricardo Amorim

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