Trabalho doméstico cresce na crise, especialmente de diaristas, diz IBGE.

Daniel Silveira Do G1 no Rio de Janeiro

A crise econômica fez aumentar o número de trabalhadores domésticos no Brasil, especialmente as diaristas, que trabalham em mais de uma residência, apontam os novos indicadores do mercado de trabalho divulgados nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). No trimestre encerrado em abril deste ano, 6,2 milhões de pessoas trabalhavam como empregados domésticos, 200 mil a mais do que no mesmo período do ano passado. Entre esses trabalhadores, a presença das diaristas aumentou entre o total de trabalhadores domésticos. No segundo trimestre deste ano, as diaristas representavam 26,8% do total de empregados domésticos, mais do que os 25,3% que eram há um ano e três pontos percentuais acima do registrado no segundo trimestre de 2012.

Segundo o coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto, Cimar Azeredo, esse aumento está relacionado com a crise financeira. “Ao longo da crise percebemos que pessoas que trabalhavam em outras atividades acabaram sendo levadas ao emprego doméstico por falta de opção”, explicou Azeredo. Ele afirma que entre os grupos que migraram para o trabalho doméstico estão ex-funcionários de companhias de conservação e limpeza e pessoas que trabalhavam em serviços terceirizados.

O aumento mais forte no número de pessoas com mais de um trabalho significa que as pessoas estão fazendo “bicos” enquanto estão desempregadas, afirmou o coordenador do IBGE. Os dados fazem parte de um novo conjunto de indicadores sobre estatísticas de trabalho resultantes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) apresentados nesta quinta-feira (13).

POR G1

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