Fornecedor mais competitivo

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Pequenas e médias empresas que almejam entrar no rol de fornecedores de grandes companhias devem estar preparadas. O nível de exigência de conformidade com normas legais e com boas práticas de governança corporativa é cada dia maior. Não se adequar a tais exigências é colocar em risco o crescimento da empresa.

O aumento no nível de exigências não acontece por acaso. Isso reflete uma cobrança mais rigorosa por parte da sociedade e das autoridades reguladoras sobre as empresas. Falhas de compliance dos fornecedores podem provocar passivos ambientais, queda de qualidade no produto ou serviço, prejuízos financeiros, danos de imagem e perda de certificação de qualidade para a empresa que contrata.

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Assim, uma companhia de grande porte deve responder não apenas pelo que acontece do lado de dentro de suas instalações. Para quem deseja se integrar ao arranjo produtivo das grandes indústrias, portanto, compliance se tornou uma palavra-chave. O termo, em inglês, pode ser traduzido para o português como “conformidade”. Na prática, isso significa o conjunto de disciplinas responsável por garantir o cumprimento das normas legais e regulamentares, as políticas e diretrizes de negócio da companhia.

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REQUISITOS ESSENCIAIS

Cada empresa tem sua política de compliance, mas alguns itens são fundamentais para que o fornecedor não seja barrado pelos filtros de seus potenciais clientes. O primeiro passo é estar em dia com suas obrigações fiscais e previdenciárias. É preciso ainda estar enquadrado de forma correta na Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Um CNAE incoerente pode ser indício de que o fornecedor presta uma atividade para a qual não está habilitado legalmente.

O cumprimento rigoroso das obrigações trabalhistas também está entre
os pontos fundamentais. Passivos laborais do fornecedor podem vir a ser cobrados eventualmente de quem contrata o serviço. Além disso, há casos de empresas que sofreram prejuízo por contratar fornecedores que utilizavam mão de obra escrava ou trabalho infantil.

Outro fator importante é a aprovação e conhecimento dos eventuais subcontratados (terceirizados estranhos ao contrato) para aumentar o controle das regras de compliance e minimizar os riscos (veja gráfico abaixo).

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DUE DILLIGENCE DE INTEGRIDADE

Desse modo, preço e qualidade deixaram de ser os únicos critérios que capacitam um fornecedor a se integrar ao processo produtivo de uma grande corporação. A seleção passou a incorporar novos elementos, com filtros mais rigorosos. A Petrobras, por exemplo, adotou o Due Dilligence de Integridade, que passou a ser obrigatório para todas as empresas que desejam se inscrever no cadastro da companhia.

Trata-se de um questionário aplicado junto com o cadastramento e avaliação dos fornecedores. A partir daí, verifica-se a integridade dessas empresas e seu histórico de relacionamento com a Petrobras e com o mercado. Informações financeiras, que já eram avaliadas, passaram a ser analisadas também da perspectiva de conformidade legal.

A nota final do fornecedor Due Dilligence influencia o resultado da seleção, de acordo com o edital em andamento. O processo é integrado a outras medidas de controle interno. A empresa tem feito treinamentos para funcionários que lidam com fornecedores externos, explicando os limites. Além disso, o canal de denúncias da Petrobras foi terceirizado, o que garante independência no encaminhamento de eventuais denúncias. Isso permite um relacionamento mais seguro com os fornecedores.

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POR: Revista PEGN

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